Hoje foi um dia de recordacoes dedicadas principalmente a minha passagem em Quelimane, revividas juntamente com outro mocambicano da Diaspora no Reino Unido, o Antonio Jose Ribeiro, um Phd em Politica Ambiental a viver em Liverpool; encontramo-nos hoje em Bath, uma das minhas cidades favoritas, para um "revival" das vivencias passadas em diversas partes de Mocambique. De um inicio mais disperso, acabamos por encontrar uma epoca comum, no ano de 1985, quando fui nomeado Director da Emopesca de Quelimane, substituindo temporariamente o Kimlu (Joaquim Cruz), por um periodo de cerca de 6 meses, entre Maio e Novembro de 1985.
Lembramo-nos de pessoas do conhecimento comum, tais como o Xico Pinto da Veterinaria, do Donato de Melo da Electricidade, do Joao Fortes da Companhia da Zambezia, do Minsitro Residente Mario Machungo, do Director Provincial de Agricultura Jose Pacheco, do Matias Xavier, da Madal, do Ex-Sporting e Desportivo, do Rene da Cafum, dos Cabrais, Costa Pinto, Lopes Pereiras, do Licuari e do afundamento do camaroneiro Zambeze o dia 15 de Setembro,nas mares de Equinocio, da operacao de resgate, da sua reflutuacao a 31 de Dezembro, da proteccao militar na zona de afundamento (um cotovelo do rio que separava na altura a Cidade dos avancos da Renamo), do derrube de postes de energia que obrigavam a Central Electrica a diesel a operar em extremas condicoes, do meu futebol de salao pela Favezal e o Campeonato Nacional que nesse ano foi disputado em Quelimane e sobretudo do Hotel Chuabo,onde residia, sob os tratamentos preferenciais da D.Amalia, do privilegio das bebidas, das trocas que faziamos para garantir certos produtos que somente os "Especiais" tinham acesso (lembram-se das Lojas dos Responsaveis?). As praias de Zalala, Sopinho,Gazelas, Macuse, as idas ate Pebane, do aviao CASA onde viajavamos misturados com patos, galinhas e cabritos, enfim, um manancial de recordacoes que desdobradas dariam varios capitulos de um longo livro de memorias zambezianas. Lembrei-me dos meus acessores cubanos, das festas que davamos, da minhas dancas com a filha do falecido Presidente Samora, sem saber quem ela era (os cubanos e que me resgataram duma possivel "gaffe"), das Heinekens disponiveis no acampamento dos holandeses da construcao de estradas a troca de camaroes, da Efripel, do Entreposto Frigorifico, de Inhassunge, etc.........
Caso nao tivessemos que regressar as nossas casas, ainda estariamos em cordial cavaqueira ate agora..............
Saudacoes
ZC
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