Monday 31 October 2011

Cultura e Tecnica de maos dadas salvam a modalidade da sua completa extincao em Mocambique (3a parte)






(Continuacao)

Foi esta acção em agregar gerações separadas geograficamente e temporalmente, onde a cultura, língua, valores, costumes, história se misturam e a sua ligação emocional que permitiram um sucesso no Mundial de S.Juan, aliadas a uma capacidade técnica-táctica elevada, orientadas por um técnico profissional, honesto e humilde o Pedro Nunes, ajudaram o hóquei Moçambicano a não desaparecer, depois de ter sido condenado por muitas pessoas ligadas ao desporto em Moçambique.

Essa condenação ao desaparecimento poderá ter sido até intencional, pois a recuperação dos pisos dos diversos pavilhões em Maputo para os Jogos Africanos não tiveram em consideração o hóquei em patins, com excepção do pavilhão do Estrela Vermelha. Acredito que tenha havido desatenção neste aspecto, mas o resultado alcançado fez mudar a forma de ver a modalidade e promessas para um maior apoio surgiram de várias partes da sociedade.

Recordar que na fase final de preparação da Selecção, os treinos acabaram por ser realizados na Escola Portuguesa, mais uma vez realçando a ligação desportiva e cultural entre os dois Países.

(Continua)

Sunday 30 October 2011

Maning nice


Afinal os manos Angolanos tem boa musica, internacionalmente reconhecida, muito melhor que a equipa de hóquei em patins, oiçam só em:


Cultura e Técnica de mãos dadas salvam a modalidade da sua completa extinção em Moçambique (2a parte)







- Entretanto depois da ida do Sr. Carlos Graça (Presidente do CERH) a Maputo para actualização das novas regras e ida do Presidente Nicolau a Montreux, é realizada a escolha do Treinador Português Pedro Nunes para assumir o comando da equipa nacional; depois de uma conversa com o mesmo, este escolheu 4 entre um leque de mais de 12 jogadores disponíveis a actuarem no Campeonato Português.

Estes 4 jogadores embora nascidos em Portugal (Igor, Marinho, Fred e Bruno Pinto), são naturalizados por terem ascendência Moçambicana, sendo um dos progenitores originário de Mocambique mas por razoes familiares tiveram que sair de Moçambique após a sua Independência; no entanto, estes mesmos jogadores carregam consigo uma herança cultural, valores e hábitos, costumes e histórias de seus progenitores que nascendo e vivendo em Moçambique, souberam sempre transmitir aos seus filhos toda essa cultura no seu dia a dia; assim a integração destes jogadores na equipa nacional foi fácil e consequente, criando uma união de grupo muito forte que seria uma das bases fundamentais para o alcance de resultados positivos no Mundial, para além de serem muito bons praticantes da modalidade.

(Continua)

Friday 28 October 2011

Cultura e Técnica de mãos dadas salvam a modalidade da sua completa extinção em Moçambique (1a parte)






- Situação há um ano: logo após o Mundial de Vigo e retirada do Mundial a Moçambique, uma nova Direcção encabeçada pelo Presidente Nicolau Manjate assumiu a responsabilidade pela Federação comprometendo-se a recuperar a tradição e relançar o hóquei em Moçambique.

- A mudança de Direcção na FMP permitiu ultrapassar situações que estavam a bloquear a modalidade e os poucos praticantes e clubes conseguiram ter uma nova fonte de energia para se continuar a lutar pela sobrevivência da modalidade.

- Em Marco deste ano, consigo estar durante 3 semanas em Maputo e apoiar a Federação no inicio dos trabalhos preparatórios da Selecção; ao mesmo tempo, identificava um conjunto de atletas a competirem em Portugal que poderiam substituir os anteriores que depois do Mundial de Vigo já não davam garantias de continuidade; a chegada a Maputo, a competição interna desenvolvia-se no Pavilhão do Desportivo com a existencia de 3 clubes (Ferroviário, Desportivo e Estrela Vermelha) e de uma equipa com a designação de Associação de Patinagem de Maputo, pois o clube que representavam anteriormente (o Maxaquene) nao assumia a mesma rejeitando-a, apesar de um terceiro lugar conseguido anteriormente no ultimo Campeonato Africano de Clubes; foi então que juntamente com o Presidente Nicolau Manjate conseguimos que a Liga Muçulmana, atraves do ex-dirigente hoquista Rafik Sidat e Dirigente do Clube, assumisse esta equipa e assim surge a Liga na modalidade do hóquei, com o compromisso de criar condições para a modalidade no recinto do antigo histórico SNECI e o funcionamento de uma escola de patinagem.

(Continua)

Sunday 9 October 2011

Como teria sido o Mundial em Maputo








Caso o Mundial de Hóquei tivesse sido realizado em Maputo, este seria o cenário das noites em que Moçambique estivesse a jogar; estas fotos foram enviadas pelo Vice Ministro da Juventude e Desportos de Moçambique, Dr. Cazé, aos Presidentes do CIRH e FIRS, logo após a qualificação da nossa Selecção Nacional de Hóquei em Patins, para os quartos de final, após a vitoria sobre Angola.

E para os meus irmãos Angolanos aqui vai uma dedicatória musical:


Email do Vice Ministro ao CIRH e FIRS



Afinal o nosso Vice Ministro da Juventude e Desportos Dr. Carlos Sousa (Dr. Cazé) é igualmente um Guerreiro Ngonhama!

Reprodução do email por si enviado ao Presidente do CIRH, Sr. Harro e restantes membros da FIRS, incluindo o seu Presidente:

Good evening Mr Harro.

Let me use some of your time to give some news from Mozambique, in particular from Maputo.

As you probably should know, from the 3rd to the 18th September, we held the X edition of the All African Games, in Maputo.

We received 5,600 athletes from 47 African countries, that competed in 20 different sport activities like handball, basketball, football, track and field, triathlon, chess, canoeing, sailing, judo, karate, taekwondo, tennis, table tennis, sport for disabled, swimming, netball, beach volleyball, indoor volleyball, under the supervision from more than 4,000 referees, judges and officials from the respective 20 International and Continental Confederations, and with the cooperation of the International Olympic Committee, whose President was present for the Opening Ceremony, and awarded the President of the Republic of Mozambique with the prestigious IOC President's Prize. For the competitions and training sessions, we used 18 different venues, some of them were new constructions, and some were totally rebuilt to international standards. To transport all these athletes and officials, we used 120 brand new Hyundai Sonata and Elantra vehicles, 70 buses and 25 mini-buses, 15 ambulances, (among other logistical support from 6,000 volunteers) and the athletes were installed in 848 type 3 apartments, built as an Olympic Village. The officials, referees, Ministers and Confederation Presidents were lodged in our 5 different 5 stars hotels, and another 10 more 4 and 3 stars hotels. We conducted 160 anti-doping tests.

Just as an example only, I send you in annex some photos of the indoor Maxaquene Arena, which you know very well. In this arena we held the volleyball and basketball (both male and female) tournaments. I send you some photos of one of the final matches, on the final night of the Games, which was attended by more than 5,000 (five thousand) spectators.

Just to remember, this was the arena were the Roller Hockey World Championship should take place. Unfortunately, FIRS and CIRH did not believe in our capacities, nor even did you have the delicacy to visit us in advance, to understand and to see "on place", and with your own eyes, what were the Mozambique Government plan for the 40th World Roller Hockey Championship.

We are a fortunate and happy people, and we are very glad that our National Team is progressing to the quarterfinals in San Juan, as a "surprise gift" to some people. It is the proof of our self-esteem.

We really wish our dear friends from Argentina the best, and that the Championship may go in full triumph until the end.

I wish some day we'll be able to forget all the misery that your decisions, taken upon on us, provoked in our minds and lives. May God bless us all.

Best regards, sincerely yours,

Dr Carlos Sousa.

Deputy Minister for Youth and Sport

Mozambique

Saturday 8 October 2011

RDP AFRICA 10/10/2011

Entrevista com Darwin Cardoso, na RDP África, na próxima 2a feira, dia 10 de Outubro/2011, pelas 5.10 h (hora de Londres/Lisboa), mais uma hora em Maputo (6.10 h), com o tema de fundo, a quarta posição alcançada pela Selecção de Moçambique no último Mundial de Hóquei em Patins realizado em S.Juan/Argentina, de 24 Setembro a 1 de Outubro.

Podem ouvir em:

Sunday 2 October 2011

Extraordinário video do jogo Mocambique 9-Brasil 6



Vejam aqui o nono golo de Moçambique e a parte final do jogo e a festa Moçambicana pelo apuramento para as meias-finais:

OS NGONHAMAS GUERREIROS



Esta foto diz tudo: a equipa Moçambicana de Hóquei em Patins, termina o Campeonato Mundial de S.Juan, na Argentina, na quarta posição; coloca-se entre as actuais 4 melhores selecções do Mundo e será cabeça de série (Grupo D) no próximo Mundial em Angola/2013 (caso não alterem de novo os critérios de formação de grupos, para satisfazer eventuais interesses obscuros).

Ao longo desta última semana, foram várias as ocasiões vividas com muita intensidade; nos jogos contra Angola, Brasil e Espanha, esta equipa deu-nos alegrias, entusiasmo, excitação, ansiedade, felicidade, esperança e muitos mais sentimentos positivos, culminados com uma sensação de tristeza quando sofremos o golo de ouro contra a Espanha; o nosso sonho em chegar a final caía e depois no último jogo contra Portugal para o terceiro lugar, a forca anímica durou pouco (ainda conseguimos marcar primeiro), mas o cansaço fisico e motivacional acabaria por não nos deixar fazer um jogo mais equilibrado, contra uma Selecção Portuguesa que vinha de luto e ferida no orgulho, depois de na noite anterior ter sido violentada pela equipa de arbitragem.

Fica para a história o nome de Moçambique registado entre os melhores do Mundo; mas a realidade é bem diferente, todos nós sabemos disso; agora a questão que surge, como iremos capitalizar da melhor forma esta honrosa e prestigiante participação?

Em primeiro lugar,o regresso destes jogadores e equipa técnica deverá ser saudada por todos aqueles que sentiram as alegrias e emoções ao longo deste Mundial; em Moçambique e em Portugal,familiares, amigos, simpatizantes e dirigentes desportivos deverão retribuir de uma forma condigna e respeitável, com comemorações e reconhecimento público a estes brilhantes atletas; a nível dos Clubes onde jogam, dos Campeonatos onde participam, nos locais onde vivem, nas ruas por onde circulam, um Olá Campeão, muitos parabéns e continuem assim, deverão ser os motes principais; tudo o resto que sirva para celebrar e comemorar esta participação será bem vindo.

Depois segue a fase de descanso e reflexão; Como continuar? Que fazer a seguir? Que ficou em suspenso e necessita de ser terminado e cumprido? Como aproveitar a recuperação dos Estádios principais depois dos Jogos Africanos,para a modalidade poder ser de novo praticada e divulgada?

Aqui a direcção e orientação por parte da Federação Mocambicana e seus dirigentes será fundamental; sei que o nosso Ministério da Juventude e Desporto vai querer continuar a apoiar a modalidade; por exemplo, o renovado Pavilhão do Estrela Vermelha passa a ser o palco principal para a realização dos jogos; a sua localização no populoso bairro da Malhangalene vai trazer muito público, particularmente os jovens que adoram ver com os olhos cintilantes de curiosidade e espanto, o rolar dos patins e aquela bola dominada por um stick, em alta velocidade e ritmo acelerado.

Fazer de cada jornada desportiva, uma vez por semana, uma verdadeira festa; as 6as feiras a noite, toda a gente sabe que ali na Malhangalene, no Pavilhão do Estrela, vai haver alegria, desporto e festa; muita musica para acompanhar, as escolas a apresentarem suas equipas, as actuais quatro equipas a entrarem em campo tal como os lutadores de boxe, entre luzes e cores, anúncios e voz dinamizadora de espectáculo, e muito mais que a imaginacao criadora dos Mocambicanos permite.

No dia a dia, o trabalho das escolas de patinagem, como o principal objectivo: no Desportivo, no Ferroviário, na Liga, no Estrela, na Académica, na Escola Portuguesa, pelo menos nestes locais, uma escola de patinagem tem que existir e funcionar; existem monitores capazes, treinadores suficientes e apoiantes para cada uma destas escolas; paralelamente, as 4 equipas existentes, treinarem regularmente e tentarem criar mais uma equipa.

Depois há ainda a escola em Quelimane, outra em Tete e ainda uma a ser criada na Beira e outra em Nampula; estes locais, a serem dinamizados contribuirão para a expansão da modalidade; ao fim de 2 anos e antes do Mundial de Angola,estas ideias terao que estar vivas e a serem praticadas; caso contrário, todo o esforço e desgaste deste último Mundial terá sido em vão!

Até breve;

ZC