2011 Ano Samora Machel

Por ocasiao dos 25 anos do acidente de Mbuzini, onde o primeiro Presidente de Mocambique Samora Moisés Machel viria a falecer, juntamente com vários membros da sua comitiva presidencial, comemora-se em 2011 o Ano de Samora Machel, nao só em Mocambique assim como na Diáspora.

Assim participei ontem num encontro organizado pelo Alto Comissariado de Mocambique para o Reino Unido, onde estiveram presentes vários conhecidos e amigos, tendo igualmente tido a oportunidade de conhecer mais alguns Mocambicanos a residirem aqui no Reino Unido.

Para além da presenca habitual do nosso simpático e prestável Alto Comissário António Gumende, da incansável Attaché Sra. Hanifa, a D.Hilda, a Sandra Mussagy, o Hiuane Abacar, todos estes membros do Alto Comissariado,muitos convidados fizeram-se presentes.

Foi Mestre de Cerimónias o Juliano Saranga e o principal orador o Virgíio Juvane, nosso representante na Commonwealth do sector da Educacao; partilharam ainda suas experiencias vividas com o Presidente Samora dois antigos guerrilheiros, o Miguel e a Maria, esta companheira inseparável de Josina Machel.

Um dos oradores foi precisamente o neto do Presidente Samora e filho do Idelson Machel (também falecido há alguns anos por razoes de saúde) tambem com o mesmo nome do seu avo, Samora Machel; o filho do Professor Aquino de Braganca, que faleceu no mesmo acidente aéreo, esteve igualmente presente e levantou a questao que ainda hoje, nao se sabe exactamente o que contribuiu para o referido acidente.

Eu tive igualmente a oportunidade de contar um dos episódios vividos com o Presidente Samora e a audiencia gostou da forma como me referi ao Presidente, imitando-o na sua maneira de dirigir as pessoas.

Entre os amigos presentes, os manos de Birmingham Mussá Ali e Preciosa, o Humberto Heliotrope, o Marino Rodrigues, as sobrinhas do Arsénio Esculudes Célia e Elsa Santos, os filhos e a esposa do Sérgio Sousa de Manica, a Evelisse Ferreira (que acompanhou o Presidente Samora desde do Rovuma até ao Tofo, onde foi aprovada a primeira Constituicao da República Popular), os sobrinhos do hoquista da Seleccao de Mocambique José Soares e muitos mais que agora nao me lembro dos nomes.

Ao longo das intervencoes, foram projectadas imensas fotografias do Presidente Samora e muitas pessoas que nelas aparecem fizeram-me lembrar momentos inesqueciveis de uma juventude passada num País que acabava de nascer, cheio de esperancas de um mundo melhor.

Terminei a noite num Restaurante onde encontrei o primo Joao Correia Mendes que nao o via desde 2000, onde fui juntamente com o Marino Rodrigues, este uma companhia serena e calma, sempre pronto a acompanhar-me; com o Joao foram recordacoes e mais vivencias, onde o tema principal foi o Mini-Golfe e as imensas farras e loucuras passadas naquele que é um dos símbolos de uma fase importante da minha vida.

Um dia em cheio, muitas pessoas, amigos e familiares, que me fizeram sentir mais perto de Mocambique e suas gentes, em volta da figura incontornável de Samora!

ZC

Melhoras Bekas!!

Zé Carlos, Frances Rodrigues e Candido Coelho no Mundial de Montreux (2007)

O meu estimado amigo Bekas (Candido Coelho) encontra-se hospitalizado há duas semanas, numa Clínica em Maputo, depois de ter tido um AVC, recaindo novamente pouco depois de ter sido internado e tudo indica que amanha terá alta .

Estas informacoes foram-me prestadas pelo seu filho Eric, quando hoje me lembrei de telefonar para o Bekas e saber como ela estava de saúde.

Já aqui me tinha referido numa carta pessoal que lhe enviei, a minha preocupacao com o seu estado de saúde, agravado pelo enorme esforco que estava a realizar no comando da Federacao Mocambicana de Patinagem; na altura pedi-lhe que deixasse esse cargo, porque estava a sacrificar-se a si mesmo e seus familiares, por uma causa que exige enorme esforco fisíco, mental e emocional, e o Bekas nao estava em condicoes de poder continuar a frente do hóquei em patins em Mocambique.

O que me faz ficar igualmente triste, é saber da sua situacao em Maputo, a milhares de quilómetros de distancia, e os seus amigos e companheiros da Federacao nada me dizerem, nem sequer sabem o que se passa com o Candido Coelho.

Daqui faco um apelo a todos aqueles que se encontram mais perto do Bekas, para que neste período difícil da sua vida, o possam apoiar e acarinhar visitando-o no Hospital ou em sua casa, provávelmente a partir de amanha.

O Candido Coelho é uma figura importante no Desporto Nacional em Mocambique, uma lenda viva, que merece o respeito e apoio de todos aqueles que sentem o desporto como parte integrante das suas vidas.

Daqui de longe, envio um grande abraco e os votos de rápidas melhoras e uma franca e forte recuperacao!

ZC

Egipto

Finalmente o Presidente Mubarak cedeu e assim parece que a situacao agitada em que se encontrava o Egipto vai mudar, para destinos que o próprio Povo Egípcio escolher e se forem criadas condicoes para novas eleicoes justas e livres, o que parece-me nao ser fácil.

No entanto, agora que a normalidade parece retornar, o hóquei em patins poderá continuar a rolar; o Clube Al Dahklyea tinha-me convidado novamente para orientar um plano de treinamento em plena competicao por 2 semanas, a partir deste próximo dia 15 de Fevereiro, mas que no entanto foi adiado devido a situacao, para uma outra data.

Daqui envio aos meus atletas, dirigentes e demais apoiantes votos de que a modalidade retorne e a competicao seja disputada no seu melhor; a possibilidade de se realizar um Torneio Internacional fica igualmente adiada, até que sinais mais positivos e concretos sejam vislumbrados neste ainda nublado cenário político.

ZC

Senito e Raúl Madivate

Senito (Arsénio Esculudes Júnior) e Raúl Madivate foram dois dos melhores jogadores Mocambicanos de hóquei em patins, depois da Independencia Nacional de Mocambique, que nos deixaram quando ainda tinham muito para dar a modalidade.

Os dois partiram mais ou menos no mesmo período, meados de 2006, ambos vitímas de doenca e cuja degradacao fisíca ocorreu num espaco de tempo muito curto.

Os dois fizeram parte das minhas equipas a nível de Clubes e Seleccao Nacional, tendo jogado com eles e posteriormente treinado ambos os jogadores, no Estrela Vermelha, nos Campeonatos Mundiais e Africanos e Torneios de Montreux (Taca das Nacoes).

Ambos eram exímios patinadores, com um bom domínio de stick e bola, bom drible e potentes remates colocados, jogando para a equipa e sobressaindo em lances individuais que marcavam a diferenca.

De temperamento diferenciado, ambos eram bons amigos, respeitadores e gostavam de brincar e usavam o humor como uma forma divertida de comunicacao; estive com ambos pela última vez, precisamente no Estrela Vermelha em Maputo, depois de um treino da Seleccao que se preparava para o Mundial em S.José nos EUA e um jogo de veteranos contra uma equipa mais nova; ao Sénito dei-lhe como recordacao um stick Reno Azul e ao Raúl Madivate deixei públicamente um pedido de apoio, através do Programa Radiofónico sobre Automobilismo do António Marques, para ajudarem o Raúl pois ele já se encontrava muito doente.

Que ambos descansem em Paz!!

ZC

Fernando Duarte

Fernando Duarte, um Beirense dedicado ao Hóquei!

Quanta falta fazes meu irmao!

Partiste sem dizeres adeus; despedi-me de ti pela última vez, ali no Parque do antigo Pavilhao do Parede FC, quando a Seleccao de Mocambique terminou o seu treino, na sua preparacao para o Mundial de Réus, em 1999; seguiste com a Seleccao, como era teu hábito acompanhar sempre a nossa equipa nacional em Mundiais, como foi na Coruna, em Macau e Andorra.

Súbitamente a triste notícia do teu desaparecimento, em pleno Mundial e quando Mocambique jogava; nao mais te vi, mas me lembro das muitas vivencias e histórias comuns: desde da Beira, depois em Maputo, passando pela Ilha da Reuniao, para além dos Mundiais.

Ter-te ao nosso lado era garantia de boa disposicao, teu riso único e tua forma peculiar de comunicacao, sempre me alegrava; algumas vezes perdi a cabeca em jogos, onde tu pacientemente te sentavas na mesa e controlavas os tempos, as paragens de jogo, etc; mas nunca perdes-te a calma, por seres tu a própria calma, um exemplo de tolerancia e convívio amigável.

Tinhas uma dedicacao única as Escolas de Patinagem, teu lema central e de visao sobre o desenvolvimento e garantia da modalidade; até hoje, ainda nao conseguimos substituir-te, pois és insubstituível.

Fizeram-te algumas homenagens, mas nunca serao suficientes para exaltar teus feitos e teu legado; fazes falta e espero que estejas em paz e sossego, onde quer que estejas; tenho saudades tuas, grande Doutor!!

ZC

Associacao Académica de Mocambique

Equipa de Juniores da AAM, em 1973

em cima,esq./dir.: Júlio Hingá (Treinador),Bernardo, Joao Nápoles, Zé Carlos e Pires.

em baixo, esq./dir.: Tony Araújo, , Passinhas (GR) e Araújito.

Esta equipa disputava os lugares cimeiros com as equipas do D.Bosco e Ferroviário, tendo-se classificado em terceiro lugar no Distrital e Provincial na época 1973/74, sendo extinta a partir dos finais de 1974 quando a maioria dos seus jogadores saíram de Mocambique.

A Associacao Académica ficaria depois muitos anos sem ter hóquei em patins, regressando depois em inicíos de 1990, com uma equipa constituída por jogadores já veteranos, mas que acabavam sempre a primeira parte dos jogos a ganhar. Esta equipa durou apenas um ano e depois disso, nunca mais a Académica teve uma equipa de hóquei, apesar de ter um Pavilhao coberto e que depois da sua reabilitacao corrente, poderia vir a ter uma Escola de Patinagem.

Aqui fica o desafio ao novo elenco da Federacao Mocambicana de Patinagem em Mocambique.

ZC

Lar do Ferroviário

Foto: da esquerda p/direita: Zé Carlos, Jorge Matos Preto, Zé Luís dos Santos, Joao e Carlos Figueiredo

Em meados de 1972, cheguei ao Lar do Ferroviário na ex-LM, que acabava de ser inaugurado, no prédio conhecido como "Rosas de Mocambique", no enquadramento do inicío da 24 de Julho com a actual Julius Neyrere. Pelaprimeira vez, saía da casa dos meus pais no Dondo, depois de ter concluído o entao sétimo ano do Liceu Pero de Anaia, rumando para a Faculdade de Economia.

Vive nesse Lar momentos marcantes da minha juventude, que ficarao para sempre na minha memória, recordacoes gratas e bons amigos, estando aina em contacto com alguns deles como o caso do Jorge Matos Preto e do Zé Luís dos Santos.

ZC

Solidariedade para com o Egipto

Ao longo destes ultimos 11 dias, o Egipto tem passado por momentos difíceis e conturbados; nesta altura, nao poderia deixar de mandar um abraco de solidariedade aos meus irmaos Egípcios, em particular a familia hoquista, desejando que um futuro melhor para todos seja alcancado o mais rápidamente possivel.

Um grande abraco deste irmao que nao vos esquece

ZC